No final dos anos 50 e início dos anos 60, uma era de ouro do futebol brasileiro, o ataque do Flamengo era comandado por uma força da natureza. Um centroavante clássico, um "tanque" que combinava força física, oportunismo e um poder de finalização devastador. Henrique Frade não tinha a mesma plástica de outros gênios da Gávea, mas sua eficiência era absurda, afinal, de que serve um centroavante sem gol. Com uma montanha de gols, ele se consolidou como um dos maiores goleadores de sua geração e, até hoje, ocupa o terceiro lugar no pódio dos maiores artilheiros da nossa história, em um clube que teve Cláudio Adão, Nunes, Bebeto, Romário, ser o terceiro não é para qualquer um.
O Tanque da Gávea: 216 Gols de Pura Força
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Henrique Frade foi a referência do ataque rubro-negro por oito temporadas, entre 1954 e 1963. Nesse período, ele marcou impressionantes 216 gols com o Manto Sagrado. Sua principal característica era a força. Era um centroavante que brigava com os zagueiros, ganhava na imposição física e, dentro da área, não perdoava. Sua capacidade de marcar gols de todas as formas o tornou um dos atacantes mais temidos do país.
O Herói do Super-Super e do Rio-São Paulo
Embora tenha chegado ao clube muito jovem em 1954, fazendo parte do elenco que concluiu o segundo tricampeonato carioca, foi no final da década que Henrique Frade viveu seu auge e liderou o time em conquistas importantíssimas:
Torneio Rio-São Paulo de 1961: Foi o grande nome e o artilheiro do Flamengo na conquista do prestigioso torneio, um dos mais importantes do país na época.
Super-Supercampeonato Carioca de 1959: Liderou o time no título de um dos torneios estaduais mais complexos e celebrados da história.
Sua regularidade como goleador foi impressionante, sendo o artilheiro do Campeonato Carioca por três anos consecutivos (1957, 1958 e 1959), um feito para poucos. Ao lado de seu contemporâneo Dida, formou uma das duplas de ataque mais letais da nossa história, combinando a força de um com a classe do outro.