Seu talento saltava aos olhos de quem o via jogar, seu domínio de bola, seus dribles, seus gols, tudo era pura classe e sua finalização era a de um matador nato. José Roberto Gama de Oliveira, o Bebeto, foi um dos maiores presentes que o Ninho do Urubu deu ao futebol mundial. Antes de se tornar o parceiro genial de Romário no Tetra da Seleção Brasileira, ele foi o artilheiro e o protagonista de um Flamengo multicampeão no final dos anos 80 e início dos 90. Com gols decisivos e uma técnica refinada, Bebeto escreveu seu nome entre os maiores goleadores da nossa história.
A Arte de Marcar: 151 Gols pelo Clube do Coração (Apesar da traição)
Revelado na Gávea, vindo do Vitória da Bahia, Bebeto encantou a Nação desde cedo. Em suas duas passagens pelo Flamengo (a primeira, mais longa e vitoriosa, de 83 a 89, e uma segunda mais curta em 96), ele marcou um total de 151 gols com o Manto Sagrado. Ele não era um centroavante de força, mas um atacante de extrema inteligência e habilidade. Seus gols eram fruto de dribles curtos, posicionamento perfeito e uma finalização precisa, muitas vezes com toques sutis que deslocavam os goleiros.
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O Protagonista da "SeleFla" e Herói da Copa União
Embora tenha convivido com Zico no início de sua carreira, foi após a saída do Rei que Bebeto assumiu o protagonismo absoluto no ataque rubro-negro. Ele foi um dos grandes nomes da Copa União (Campeonato Brasileiro) de 1987, marcando o gol do título na final contra o Internacional. Foi também o artilheiro e a estrela do time na conquista da Copa do Brasil de 1990, embora tenha saído antes das finais. Sua capacidade de decidir jogos grandes era notável.
Embora sua história com a Nação tenha sido abalada por sua polêmica transferência para o Vasco em 1989 (tema que já abordamos em outro artigo), seus números e sua importância nas conquistas são inegáveis. Bebeto foi um dos atacantes mais letais e técnicos que já vestiram nossa camisa, um craque que, com 151 gols, garantiu seu lugar entre os imortais da artilharia rubro-negra.